Poeta Lima Junior
MASSAGEANDO EGOS
SEJAM BEM VINDOS!
ABRAÇOS...
18 maio 2012
24 dezembro 2011
19 dezembro 2011
No Natal

No Natal
Eu segui uma estrela que no céu
Me guiou pelos becos da cidade,
Me fazendo enxergar a realidade
De esquecidas pessoas, tudo ao léu!
A fumaça das drogas era o véu
Que vestia a penumbra masmorral,
E seus restos de vidas sobre o sal
Do sobejo das ceias agendadas,
Dos esquecem Jesus pelas calçadas
Mas celebram a noite de Natal!
Os frangalhos de sonhos e ilusões
Com os trapos das roupas, confundidos,
O odor dos prazeres distorcidos
Misturados às cinzas dos porões.
Aves livres, à beira de alçapões
Onde a isca é a própria crueldade,
Onde a treva em que vive lhe invade
Quando o que mais almeja é ter a luz,
Mas o expulsam da festa de Jesus
Feito restos mortais da humanidade.
A sarjeta tornou-se o lar sublime
Dos que se irmanaram pela rua,
Onde o teto é o céu e a luz a lua
Pela força mordaz de vil regime.
O diploma exibido é o do crime,
Ser temido é a qualificação,
Foi criança, sonhou, mas a razão
Que a vida lhe impôs foi crucial.
Enxotado das festas de Natal,
Como crê que Jesus é seu irmão?
Carne em chagas, exposta ao sal do pranto
Pela cruz que só ele é quem enxerga,
A matéria sofrida que se enverga
Pra caber pra dormir, em qualquer canto.
Sua fé dirigida a qualquer santo
Que lhe possa servir de talismã.
No Natal bate a porta de uma “irmã”
Que na mesa da ceia, ouve somente:
- Por Jesus, dê-me um pão, sou indigente!
E a resposta que tem: - Passe amanhã!
Lima Júnior Poeta
24 setembro 2011
31 agosto 2011
Sonhando com amores na beira do mar
Nos mares da vida navego sem norte
Buscando o encanto dos sonhos que tive,
A certa esperança que em mim sobrevive
Põe-me à deriva, qual nauta da sorte.
Herói suicida da vida e da morte
Procurando um porto para ancorar,
E o mar caprichoso tentando afogar
As mágoas em mim, e meus sentimentos
Matéria intacta, alma em ferimentos
Em prantos de amores na beira do mar.
Não há quem de ruim não tenha bondade,
Não há quem de bom não tenha defeito,
Amor, que de tanto não caiba num peito
Ódio, que de pouco não gere maldade.
Não há como o cão, leal a amizade,
Nem como a mamãe para nos amar.
Mas há mais mistérios que eu possa afirmar,
Entre céu e terra, presente e futuro,
Instante que liga claro com escuro
Entre a flor da água e o fundo do mar.
Não há quem consiga medir a distância
Entre vida e morte, o céu e o inferno,
Nem mesmo a face do Deus que é Eterno
Já foi contemplada em qualquer circunstância.
Não há quem consiga guardar a fragrância
Que a planta do amor consegue exalar.
Mas há uma tribuna, que irá nos julgar
Dando ao bom o céu, e ao ruim o castigo,
É Deus separando o joio do trigo
Pra o banho da gloria nas águas do mar.
Lima Júnior
04 maio 2011
Dia das mães
Ninguém no mundo é melhor
Que nossa mãe, fielmente
Se o filho ri , ela ri.
Se o filho chora, ela sente.
Parte um pão e alimenta
Dez, vinte, trinta ou quarenta,
Parece até que é magia
Se sobrar parte ela come
Se não sobrar, passa fome.
Mas, não perde a valentia.
A mãe é quem sente bem
Quando o seu filho adoece
Pega um terço, se ajoelha,
Roga a Deus fazendo prece.
Caso não tenha dinheiro
Faz um remédio caseiro
Dá ao filho sem demora,
Nos pés da cama se prega
Passa sono e só sossega
Depois que o filho melhora.
Das palmadas que levei,
Hoje, somente agradeço.
Se me doíam na pele,
Era só, bem no começo,
Doíam mais em minh’alma
Depois pousava uma calma
No meu espírito levado,
Que sem maior rebeldia
Quando eu menos percebia,
Com mãe estava abraçado
Ah, mamãe se as palavras
Revelassem o teu valor
Se os meus atos pagassem,
Um só, dos gestos de amor;
De cada vez que eu chegava
Abatido e me deitava
No teu colo a lamentar.
Mas, nem levando uma vida
Dá pra pagar mãe querida
O que pudesse me dar.
Teu coração, mamãezinha,
Como é tão grande e potente.
Acomodar tantos filhos
Cada um mais diferente
Por mais que o tempo debata
Não perdes hora nem data
Em que cada um nasceu.
E hoje contigo abraçado
Me sinto presenteado
Neste dia que é só teu.
Todas as flores do mundo
Todas as mágicas da vida
Todas as bênçãos do céu
Pra você mamãe querida..
Estrofes carinhosas
Mãe é a parte sublime
No mundo de mil parcelas
Todos os adjetivos
Não dão pras virtudes delas
Deus não distingue nem mima
Usou um nome sem rima
Pra dar nome a todas elas
™˜
Eu sinto tanta saudade
De minha mãezinha bela
Que cada mulher que vejo
É como se visse ela
Mas não vejo a confiança
Que sinto desde criança
Deitado no colo dela
™˜
Mãe me deu a luz do dia
Por uma graça de Deus
Pra que eu fosse a alegria
Do brilho dos olhos seus
™˜
Com magistral disciplina
A mãe com satisfação
Rege a orquestra divina
Com a música do coração
Por ser o farol da vida
Reino da escuridão