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04 julho 2010

Meu passado é um filme de tristeza

Que eu deixei de assistir pra não chorar.



Me contento em viver, viver somente

Sem olhar para trás como fazia,

O presente é a minha alegria

E o futuro pra mim é o presente.

A saudade tornou-se uma semente

D’uma planta, em peito a germinar.

Brota, arranco, ela torna a brotar

E seu fruto ao nascer, mata a beleza.

Meu passado é um filme de tristeza

Que eu deixei de assistir pra não chorar.



Atacante no campo da paixão

Dou olé na zagueira nostalgia,

Quando chuto na trave da alegria

O goleiro do tempo põe a mão.

O futuro é expulso sem razão,

De repente há mudança no placar.

O passado consegue me driblar

A saudade me pega sem defesa.

Meu passado é um filme de tristeza

Que eu deixei de assistir pra não chorar.



Sou deserto de amor sem esperança,

O que brota de mim não vinga nada!

Vi o sol ressecar cada ramada

Que plantei no meu solo de criança.

Quando o tempo atribui uma mudança,

Meu Oasis de sonhos vai parar

Neste rio de saudade a transbordar

No meu peito à mercê da correnteza.

Meu passado é um filme de tristeza

Que eu deixei de assistir pra não chorar.



Hoje, o pão que mastigo tem o gosto

Do amargo do beijo da partida.

O destino é o vilão da minha vida,

Neste longa metragem do desgosto.

Na comédia humana eu fui exposto

Sem o “OSCAR” da vida, conquistar!

E o filme já perto de acabar

Fez ruir o cinema da incerteza.

Meu passado é um filme de tristeza

Que eu deixei de assistir pra não chorar.



Dei de cara com minha liberdade,

Num pedaço de filme envelhecido.

Meu sorriso mostrado, eu vi perdido,

Na partida da minha mocidade.

Contemplando o espelho da verdade,

Vejo o banco da vida a me cobrar

Altos juros paguei sem contestar

O que me foi cobrado por despesa

Meu passado é um filme de tristeza

Que eu deixei de assistir pra não chorar.