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20 maio 2008

O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Meu pecado maior foi ter-te feito
Soberana das minhas alegrias
Nas noitadas de sonhos e orgias
Pratiquei o meu crime no teu leito
Ingerindo o fel do preconceito
Fui à corte infernal das desventuras
Como um réu condenado a mil torturas
Sem promessas de ser absolvido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Solidão desprezível, agoureira
Companheira fiel dos condenados
És a sombra dos fracos desprezados
Um fantasma rondando a cumeeira
Me perdi no percurso da ladeira
Do amor que abala as estruturas
E no campo minado das loucuras
Suicida me faço entorpecido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Quando a noite desaba sobre o dia
Eu me deito na relva indefeso
O lençol que me cobre é o desprezo
E o pão que mastigo é a agonia
Não me resta um vestígio de alegria
Mas me sobra a essência das agruras
E a seiva cruel das aventuras
Me remete ao chão desfalecido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Nosso amor foi derrotado

Nosso amor foi derrotado
Quem venceu foi o destino

No campo da traição
Fomos nós desafiados
Pusemo-nos confrontados
Jogando com o coração
Mas, foi na prorrogação
Que meu instinto felino
Mudou o placar divino
Na súmula do pecado
Nosso amor foi derrotado
Quem venceu foi o destino

Guerra não rima com amor
Flores não são munições
Nas pátrias dos corações
Há mais de um ditador
Você sentindo o terror;
Vítima de um desatino
Fez um disparo cretino
Com um adeus deflagrado
Nosso amor foi derrotado
Quem venceu foi o destino