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31 maio 2008


Tuparetama
(Poema do livro Flores da Noite – Lima Júnior)

Tuparetama tutora de minha infância querida,
Cenário da minha vida, palco de mil ilusões.
Cada esquina uma lembrança, cada passo uma esperança,
Coisas que o tempo na cansa, Musa das minhas canções!

Fui moleque genioso brincando nos teus quintais,
Fiz florir meus ideais, seguindo caminho à fora.
Perdi minha mocidade, minhas forças na metade,
Restou-me só a saudade, do que já fomos outrora.

Às margens do Pajeú, Tuparetama descansa,
Lembro-me, quando criança neste rio me banhei.
O verão chega sem jeito, leva as águas mostra o leito,
Mas, quando chover direito, outros banhos tomarei.

O tempo passou varrendo,Tupã, meus gestos e amores,
Deixando-me aos dissabores da saudade que me traz.
Perdido pelos teus bares, decantando teus luares,
Sentindo triste pesares, do que não volta jamais.

Tupã, as coisas estão mudando assim lentamente,
Eu - piorando somente, tu – somente a melhorar,
Quero ter incinerados, meus resto mortais, jogados
Em ti, por todos os lados, pra nunca te abandonar!