SEJAM BEM VINDOS!

DEIXE SEU COMENTÁRIO.
ABRAÇOS...

07 outubro 2008

PARODIANDO ZÉ LIMEIRA

Zé Limeira quando canta
Canta igual a um beija-flor
E a lua fazendo amor
A madrugada se espanta
Arrotando da garganta
Bafo de melancolia
E as coxas de Maria
O vento lambe de açoite
E a mão safada da noite
Ranca a cueca do dia

A lua escaramuçando
Correndo atrás duma estrela
O sol trepando pra vê-la
E São Jorge esbravejando
Por tá um chifre levando
Da rapariga do espaço
E a lua sem embaraço
Rasga a nuvem e fica nua
E eu vejo a bunda da lua
Peidando por onde eu passo

Vejo uma nuvem chorando
E um trovão achando graça
Uma borboleta passa
Pelo céu assoviando
Tem um PINTO paquerando
A GALINHA de Dedéu
E um raio cortando um véu
Passa sem tocar em nada
Como se fosse uma espada
Rasgando o saco do céu

Limeira dá uma facada
Lá na barriga da serra
Um pai de chiqueiro berra
Deixando uma porca enxertada
Traíra dando lapada
Queimando na brasa quente
E um cururu indigente
Morre de fome e de frio
Fugindo de um baixio
Com medo de uma enchente

Um jegue atrás de uma jega
Querendo fazer jeguinho
Encontraram no caminho
Um cego mais uma cega
Aí foi um pega-pega

E o cego com um pau na mão
Meteu à cega no chão
E a cega disse seu trouxa
Tire o pau da minha coxa
Meta na jega seu cão

Saudade é a catacumba
De enterrar cavalo branco
E viado estando manco
Diz logo que foi macumba
Corno é igual a boi bumba
Rodando em um salão
E pingunço de opinião
Quem encontrar na cidade
Pode esperar tempestade
De cachaça com limão

Lampião e Zé Limeira
Fazendo uma cantoria
Antes do final do dia
Tem pexeirada na feira
Uma velha cachimbeira
Atrás de fumo e de vela
Faca de serra banguela
No fumo do velho entorta
É a velha dizendo - corta
E o velho fugindo dela

Meu coração delinqüente
Escanchado na gandaia
Quando vê rabo de saia
Abre os dentes sorridente
O amor é uma serpente
Que veneno assume a vida
E as pregas de quem duvida
Dá a gota quando engilha
E quem não tem quarto de milha
Anda de jega parida

Promoção no cabaré
Quenga é 1,99
Amor pra otário é love
Depois é ponta de pé
Um besta num pangaré
Diz que é vaqueiro escasso
Que chupa cana de braço
E sem querer dizer puía
Porque só fica uma cuia
Quando se quebra um cabaço?

Nenhum comentário: